Sou atriz.
Forte, destemida, fraca, oprimida, nada constante. Permaneço ilesa ao tempo, não o percebo, sei que se olhar em volta verei os cacos. É insano querer tão pouco, sigo em busca de um pouco mais.
Estou aqui e sei que dependerá de mim, a cena em que triunfante, ergo o troféu; o roteiro decidi não seguir, não me importa o que está no papel, sou mais do que as linhas que escrevo aqui, sou mais do que lítio, cigarro e mel.
Franca, falsa, submissa, nua em um bordel. O que se dirá é que fui feliz, que me viram derramar lágrimas de felicidade, desfeita de toda vaidade que um ser humano pode ter. Atriz quando chora, chora puramente, assim como no poema em diz que o poeta finge a dor que de fato, sente.
Nada aqui me pertence, o cenário feito as pressas ou desfeito com muita pressa, nada que hoje eu possa tocar com as mãos ou restaurar o que foi arranhado, perdido.
Sou atriz, atemporal, seguindo minha intuição, fazendo dos dias de chuva o contexto ideal para colocar meu filme em cartaz; filme que antes de tudo, carrega a minha voz, não é mudo afinal.
Divirta-se.
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