O velho teimoso disse a maluca narcisista para que ela deixasse de ser tão piegas, tão vulgar e se comportar com aqueles conceitos tolos de que tudo tem que ter um significado oculto. Uma raiz psicológica babaca - freudiana. Para ele esta conversa já cansou, e não passa de baboseira desconexa, quando na verdade cada um tem que ser o que acha que é. O velho tem sua parcela de razão, mas o que não desconfia é que está cego para aquilo o que ele acha que é.
A cadela narcisista não encontra compreensão e sente-se excluída em seu mundo de legendas; como se capturar mensagens secretas ou apenas indefinidas fosse agora uma doença esquisita. Ela não quer para si esse equivoco de compreender a todos exceto ela mesma. Tornar-se o que é, para ela é um dilema gigantesco.
O velhote politicamente correto quer fazer do jeito certo: o dele mesmo. Não percebe que há mais flexibilidade nas palavras, mais ousadia nas atitudes, mais razão no que às vezes parece loucura. O menino-velho sabe que é admirado pela sua capacidade de organizar idéias, sua autocrítica, seus bons modos; seu afeto, e aquela coisa de querer agradar, mas sempre regrado, sem exuberâncias em demasia. Ela complica, arrasta, dá a louca.Não há quem agüente. Ela investiga, instiga, persegue. Não há descanso. Ela quer a alma, ela quer curar todo mundo; mudar o mundo, quer defender sua opinião. Ela não desiste, sua vida está em teste.
Quando é que a mentira deixa de ser inimiga da verdade, deixando que a convicção seja a destruidora da sanidade mental?
Pergunta importantíssima, parafraseada de um desses livros pseudo-culturais, preferidos dentre as malucas narcisistas e odiado pelo pensamento modesto de quer apenas paz.
Há quem pertence o diálogo mais eloqüente? Em que cabeça vive a verdade mais próxima da verdade, e não a falsa certeza das coisas? Em que pé as coisas ficam quando o velho e a maluca dão as mãos? Quem é que vai ser devastado pelas perguntas de duplo sentido? Será um deles vitima do desejo de moldar um do outro?
Certeza apenas uma: daria um livro.
Divirta-se.
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Um comentário:
daria um excelente livro! sem dúvida!
beijos
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