Do meu cigarro se desprende uma fumaça podre que serve como uma suntuosa cortina para que palavras podres dancem por trás.
Eu tenho me agarrado a uma filosofia traiçoeira que me afasta da verdade; e a verdade tornou-se algo incerto, falho, alguma coisa que está lá, mas não se aproxima, não dá as caras.
Eu li algumas coisas, alguns autores polêmicos, algumas crônicas sagazes, poemas. Eu absorvi palavras de dicionário e profetizei coisas incríveis em muitas mesas de muitos bares, e agora, cansei.
Na busca de uma identidade que me fizesse mais forte eu enfraqueci a pessoa de verdade que deveria ter desabrochado de mim. Eu não sei o que fiz, apenas sei que não me basta.
Tenho tido pensamentos confusos que não me permitem ser o que eu quero. São coisas mal resolvidas que sorriem para mim, riem por parecerem invencíveis, riem por que são maiores do que eu.
É um veneno. Eu não presto atenção, eu não presto. É um veneno que foi bebido em cálice de ouro, eu fui me enganando aos poucos, em doses absurdas.
E agora tudo que faço é entre tropeços. E agora para começar é preciso um recomeço. É preciso que eu afogue todos os modelos que tenho tomado como exemplo, um a um, e fim.
Divirta-se.
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