Magnólia: une cigarette avalé la pressas.

Divirta-se.

sábado, 24 de maio de 2008

une cigarette avalé la pressas.

Se me disser que devo ser apenas eu mesma, eu diria, qual delas?
O que vê agora talvez nem mesmo seja um detalhe, nem o principio, ou uma parte.
Talvez eu goste de confundir as coisas, ou confundindo as coisas eu seja mais desprendida e tolerante.
Casualmente, é mais fácil de me engolir.
Eu não aprendi a me defender, a minha defesa é o medo. O medo de que descubram que minha carne está crua, está exposta. Medo ordinário que costuma atacar certos tipos de mulheres. Aquelas que enchem a cara de lexotan, aquelas que em outros tempos eram chamadas de Leila Diniz, Marilyn Monroe. Aquelas que se rebelaram de alguma forma, mas apenas contra elas mesmas.
Existe um certo padrão. Talvez em alguns casos seja mais subjetivo, seja como uma falha, um desvio.
O anseio latente de correr para o mundo, mas ao mesmo tempo não ter a coragem de por os pés no chão.
É uma merda quando se oferece a outro o que seria feito com facilidade se a visão não estivesse embaralhada, e o foco, deslocado.
E isto ainda é resto, ainda é fragmento. Um resquício de teorias passadas, de coisas que foram vividas antes.
Estou impregnada destes vestígios, sou a união disto e mais outro.
Então, a cada novo dia em que me levanto tenho de decidir, qual delas vai me vestir, qual delas serei eu.

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