A verdade é que preciso ser um pouco mais direta e dar nomes aos bois.
A verdade é que a Dr. Arlene está fazendo falta, porque como analista de mim mesma eu sou muito dura e quando realmente é preciso, muito mole. Eu dava tudo para pegar aquele seu caderninho de anotações e ler cada comentário que ela fez sobre nossas sessões para ver se, depois de dois anos, eu sai de lá curada. Parece-me que não. Não, não mesmo.
Mas enfim, eu me julgo o tempo inteiro e analiso o tempo todo cada palavra que sai da minha boca. O que eu deveria ter aprendido é analisar antes, já que não se chora sobre o leite derramado, mas eu choro muito. Pra cacete.
Outra coisa foi que descobri algo importantíssimo sobre minha pessoa, (mais uma vez resquícios das sessões de analise, oito vezes por semana), e que acho muito tosco. Eu estou sempre tentando seguir a forma de pensar de alguém. Meio que tentando comprovar o que eu já pensava anteriormente ou contrariando tudo, não dando os devidos créditos ao que eu pensei so-zi-nha. Tipo assim, tudo o que eu penso, falo, digo pode ser fatalmente contrariado por mim mesma, a partir do momento em a opinião de alguém que eu supostamente admire, for o contrario da minha. Deu pra entender? (Dr. Arlene se você estiver aí do outro lado da tela pode me mandar a conta pelo correio, certo?). Pois é, não vale nada o que eu penso, ou pelo menos, não na pratica. E olha só, eu sou tão boa em dar opiniões: para os outros!
E tudo o que eu queria era ser um pouco mais durona e firme nas minhas convicções, mas como diz meu marido, me falta autoridade.
Tipo assim, eu sou bobinha. Tipo assim, se eu estivesse no Big Brother já teria ido 55 vezes ao paredão. E o Pedro Bial iria fazer um mega discurso sobre como a vulnerabilidade do ser pode ser tão enfadonha e ao mesmo tempo tão bonitinha de se ver. Ou sei lá.
Eu não sou meiga, nem inocente, eu sou o tipo baixa alta-estima com impulsos destrutivos e falsa modéstia momentânea. Deu pra entender?
Eu não quero reclamar de tudo sabe, a vida para mim é muito, muito boa, sendo minha pessoa, fonte de alegria e conforto para muitos. Tudo o que eu queria era entender como funciona esta cabeçinha.
Talvez eu agora esteja sem modelos a copiar, sem mestres a seguir, sem melhores amigas para me ferrar, quer dizer, invejar. (ops!). E a Cléo está sempre ocupadíssima enquanto eu estou sempre sentadíssima esperando a luz brilhar no msn. A mel tenta me ajudar lembrando-se exatamente como é minha pessoa, já que passamos algumas fases de transições que só podem ser comparadas à aquela história, ‘dá água para o vinho’, quantas vezes o mundo deu voltas para a gente Mel?
Mas enfim, sem ninguém para ser minha inspiração, sendo que isso deveria ser excepcionalmente benéfico, cabe a mim, ser exatamente aquilo que eu sou de verdade.
Né?
Divirta-se.
terça-feira, 10 de março de 2009
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2 comentários:
Me lembro bem como era preciso procurar novidade com você, nada era igual, acreditava que com você o mundo poderia ser perfeito!
amizade é isso, um mundo perfeito em um instante. pq é preciso acreditar na beleza das pessoas.
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