Detesto a falta de vontade de fazer o café. Pela manhã, é o que me satisfaz. Então percorro os armários, mastigo um pedaço de pão. A cafeteira olho de soslaio, objeto inerte, mal feito em minha opinião. O meu café nunca fica no ponto, culpo a cafeteira, claro. Ela não aquece a água direito, ou sei lá. Não faço o café. Passo vontade. Passa das onze, quase horário do almoço, pelo menos aqui na região.
A cafeteira me apetece, uma xícara não me fará mal. Mas sempre faz. Pega no estômago, azeda tudo. Faço alguns mls a mais, aprendi fazer apenas com essa medida, uma ou dez pessoas na espera, não importa, ou sobra ou falta, sempre.
Rio sozinha. A saga do café. Lembrei da história que diz que como fazemos uma coisa, fazemos tudo na vida. Com os mesmos mecanismos. Neste caso segue assim, sei o que me fará mal, sondo, investigo. Se não arrisco considero derrota. Quando arrisco, mesmo com azia e indisposta, confirmo a vitória de mim, sobre mim mesma. Sem contar a vitória da cafeteira, aquela desengonçada.
Divirta-se.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário