Lá vem o bicho papão no meio da noite me puxar o lençol.
Eu me perco muitas vezes entre fábulas e teorias de conspiração. Meu superego não quer mais ser derrotado pela realidade safada em que vivo, ele se lamenta não ter investido em qualquer outro tipo de personalidade e agora vive sendo massacrado com intermináveis sensações de angustia e ansiedade, ele só queria mesmo é planejar o carnaval e o modelito, tadinho.
Eu não faço mais "tipo" não, detesto aquela tonta que eu era e o resto que ainda sou. Mas pelo menos, meus sapatos não decidem mais pra onde ir, agora eu vou até o fim de cada estrada, terra batida ou asfalto, vou andando que é pra ver a paisagem e não perder o rumo.
Eu ainda vou botar música pra dançar na frente do espelho, ainda vou cantar no chuveiro e fazer careta pra eu mesmo. Manter a sanidade depende de um monte de maluquices, eu estou afim de todas elas.
Talvez eu até faça uma cena ou outra que é pra chamar atenção, feito criança mimada que quer a bola do jogo, afinal a bola é dela, porra.
Quem sabe eu deixe minha auto-estima cair no chão, bater a cara, não sei, o que vier eu aceito, me convém levar tudo tão a fundo, cultivar crises, ser maluco, assim aumento meu potêncial criativo.
Se tem coisa que eu detesto é gente morna que morreu e não sabe, enquanto eu tiver tesão eu vou servir de bandeja minhas melhores performances. Viver assim compensa. No mínimo encho de boas histórias a cabeça da minha psicanalista, aquela doida.
Divirta-se.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2006
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