Pseudo-eu.

Quando deus te desenhou ele estava namorando. Quando chegou a minha vez, sabe se lá o que diabos deus estava fazendo.
Neste mundo de paz e guerra declarados, os meus dias seguem o fluxo do vento, sem que isso altere o rumo do pára-quedas, já que sempre caio de gaiato no navio de todo mundo.
A vida é uma seqüência maluca de imprevistos e coincidências idem.
Quando eu quis muito cada detalhe, me vi apaixonada por grandes proporções não especificadas; quando me apeguei, deixei ir embora, e de fato, para manter a desordem, quis de volta.
Não me faço de lograda, sem meu raciocínio tumultuado nunca teria vivido a maior parte das maravilhas que, sim, me completam e me fascinam até hoje.
Existe um mistério em torno do meu sorriso, eu não o defino, os meus motivos serão sempre outros. O que não me cativa pode sim me manter escrava, mas como pode ser essa coisa, não entendo bem; o que me entristece e me devora pode me dar alegria, mas como carrego esta sina, ainda não sei, é o meu modo de dizer amém, talvez.
Talvez não haja troco para os meus centavos, talvez não exista razão para os meus encargos e essa mística toda não passe de papo furado.
Quem sabe eu fique toda vida fazendo a análise do que nem mesmo minha analista considere viável, ela terá que intervir, se fantasiar de mim e tomar alguma providencia em nome da integridade física da minha pessoa.
Tudo pode ser, como já dizia a Xuxa.
O que importa é que agora, mesmo torta, posso confiar em todos meus instintos, afinal, nunca nenhum vacilo me fez deixar de amar, compartilhar, e rir pra cacete.
Nunca tive vontade de espancar até a morte ninguém, nem mesmo assaltar um banco para ficar super-rica e contratar um jardineiro delicia, daqueles que dão um trato em qualquer ser vivo que cheire a flores. Atraente, mas nunca.
Nos “finalmentes” da vida meu quebra cabeça sempre teve desenho, contorno e sinal de que, um dia será tão belo quanto o meio sorriso de Monalisa.
Ou Magnólia.