Ele é o cara que vai reclamar do seu novo perfume, talvez porque seja doce demais, ou ele simplesmente, preferia o outro.
Ele vai oferecer as mãos quando estiverem andando na rua, às vezes este será um ato mecânico, como trocar a marcha do carro, em outras, será tão bom quanto transar no banco de trás, na porta de casa.
No domingo, ele irá sugerir uns dvds, mas se for cerveja com os amigos, não há porque negar. Um cara bacana sabe amar a distância, sem problemas maiores do que a conta do bar.
No casamento da sua prima, ele irá inovar com um par de tênis descolado ao invés de sapatos engraxados, como os do seu pai; vai sorrir para os teus parentes e mandar umas piscadelas quando estiverem longe um do outro.
Sua tia vai achar que ele é mais gracinha que o último e que se deus quiser, desta vez, ele é o último. Ela vai dizer algumas coisas sobre pegar o buquê, enquanto a outra tia, um pouco mais moderna, vai lhe oferecer uns tragos e cortar a conversa careta sobre casamento aos vinte e poucos anos.
Ele vai rir de tudo, e adorar cada detalhe, e quando os amigos dele perguntarem, irá dizer que detestou, com ênfase no excesso de laquê da titia, que por ironia, pra titia ficou.
Faz parte de como as coisas funcionam, faz parte da mecânica do casal.
Ele é o cara que vai estar embaixo de você no motel, que vai apertar sua cintura com força e entre uma coisa e outra, irá sussurrar algo no seu ouvido; depois irá estender os braços, este espaço é perfeito para repousar a cabeça e encaixar os ombros, para chamar de amor.
Não há nada revolucionário no namoro de hoje em dia, não há como evitar os chavões dos apaixonados, nem mesmo a rotina abominável. Haverá dor, palavrões e até mesmo ódio; alguns palpites dispensáveis, algumas maldades descabidas. E como para tudo há dois lados, os antônimos de tudo estarão aí para provar que o amor ainda existe.
No final do dia, ele vai ligar para lembrar que hoje é dia de futebol, um espaço de tempo perfeito para fazer o pé e a mão. Se ele reparar na escova, que bom. Se der para rir dos seus tão magníficos gols, bom também, afinal repartir é o melhor ritual para se fazer a dois.
Em todos os sentidos, e nas melhores posições.
Divirta-se.
segunda-feira, 12 de junho de 2006
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