Magnólia: Amém;

Divirta-se.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Amém;

Muito mais do que aquela mulherzinha rude que representou a vida inteira e que se manteve cheia de critérios e palpites; muito mais do que aqueles pensamentos de “qualquer-uma”, e claro, muito mais do que realizar trepadas de Amélia, eu quero mais.
E quanto mais fundo se consegue ir nesta vida, quanto mais longe é possível enxergar, melhor.
Digamos neste caso que a ordem natural foi cumprida. Progresso minha gente!
Dos latifúndios de um grande empreendedor verão crescer a grama, aumentar o gado, e a pose do proprietário. Assim será o meu caso, em um mix extraordinário de vacas e bois em dura jornada de peregrinação.
Mas vou simplificar a conversa, pedindo licença quase modesta, de quem propõe algo novo sem querer ofender. Minha estadia nesta vida, de tantas coisas e casos, tem sido bem sucedida, oh yeah, até que enfim.
Mas para ficar ainda mais fácil, sem hipocrisia e com um bom tanto de cuidado, além do medo desta coisa pseudocaipira de vacas e bois citados, digo que, o único intuito é declarar paz aos dias de guerra: eu contra eu mesmo, que tanto me crucificaram.
Oh quantas preocupações! Que vicio é esse de pensar. Talvez não devesse ler mais, ouvir mais, perder o interesse pela vida, pelas pessoas e pela vida das pessoas no geral.
Estou, não, na verdade estava, me esquivei; estava eu na beira de um colapso, procurando nas coisas, nas frases e nos textos brilhantes de Fonseca algo que, existe apenas em mim. Espanta-me agora, olhar com que tamanha voracidade persegui incautos, tropecei em buracos imensos e não parei de cair. Tudo bem; estamos todos a procura de identificação. Nos bares, depois de uns goles, resolvendo ser irmão, definindo que, não mais faremos isso ou aquilo. Estamos sempre procurando uma mão amiga que puxe nosso saco só para poder puxar também, o saco alheio.
Queremos alguns fãs, um ídolo. E isso não é assim tão ruim. Desde que não seja mal de Édipo. Desde que isso não seja prisão.
Pois bem, vou agora fazer diferente. Cansei de buscar satisfação em outros topetes, penteados e silhuetas. Identificada esta mania, torno-me sadia, renovada, livre até que enfim. Posso comemorar, formular metáforas sertanejas, rir de mim mesma.
Não serei dona-alguma-coisa, serva fiel da igreja Jesus-alguma-coisa, tentando não dormir as oito horas no domingo. Não serei de jeito nenhum a problemática da família que sempre prometeu muito e não fez porra nenhuma. Não mesmo. Titia lésbica, tô fora. Corna honesta; me dá asco. Mamãe vagaba, não tenho vocação. Não serei de forma alguma aquela que procurou a vida inteira um espelho que deixasse tudo mais bonito. Essa é realidade. O meu pasto é infinitamente mais verde. Oh yeah babe.
 
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