Magnólia: pseudo-Oprah;

Divirta-se.

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

pseudo-Oprah;

Qual é o problema da mulher bonita, sincera, otimista e talentosa que não consegue se sentir em paz?
O que a impede de estar sempre bem humorada, de curtir seus fins de semana e transar da melhor maneira, usufruindo todas as sensações possíveis fornecidas por um corpo sadio e bem cuidado?
Qual é o problema queridinha?
Bem, vamos analisar. Pode ser homem. Então se o problema for um homem devemos concordar que homem só é problema mesmo quando ele não é assim, digamos, homem. Pois é. Veja como essa teoria é simples. Um homem de verdade a gente admira, então admirando não há como sofrer com ele; não dá para admirar “homem” chato, acomodado, que tem preguiça até de escovar os dentes. Não dá mesmo para admirar um “homem-mamãezinha” daqueles que não vêem a hora pedir colo e mamadeira, que estão sempre chorosos e com pena deles mesmos. Também há aqueles que não entendem nada do que você diz, do que o filme diz, do que a música quis dizer. Ele não acompanha, sabe? Não consegue fazer um pedido ao garçom, não consegue planejar o final de semana, nem o despertador, tadinho. Aí nem cristo admira.
Se estes fatos condizem com o seu problema, então está definido qual é sua raiz. Falta um homem, aquele que o bonitinho que está ao seu lado, não consegue ser. A conseqüência pode ser terrível porque estes maricas sugam sua vida e vivem pendurados em seus ombros, sugando sua energia. E o pior, a dó de abandoná-lo pode fazer com que você desista. E vai ser de você mesma.
Mas pode ser que você tenha um namoradão, daqueles que te botam pra cima, que te estimula a crescer; aquele que você admira quase quanto a você mesma. Mas, ainda assim a coisa não anda.
Tem algo errado aí contestando sua felicidade, algum sentimento descabido oscilando entre a tristeza e o mau humor? Bem, pode ser sua família.
Aquela prima que sabe exatamente o que fazer da vida e faz tudo certinho, impecavelmente, mas que pena, ela não é a filha da sua mãe. Aquela que quer as coordenadas de tudo que você faz na vida e os motivos pelos quais você não faz o que ela manda.
Ou então, um pai opressor. Um pai que não apóia e não sabe quantos anos exatamente você tem, mas ainda sim mantém um olhar acusador, de reprovação. Afinal você nunca obedece a sua mãe, menina.
E assim vai; família; essa coisa de pai, mãe, avô, tudo isso influencia quem você é e como você vive.
Este relacionamento é que determina mais da metade dos acontecimentos importantíssimos da sua vida. E aí, só mesmo com uma boa analista. O que é de grande ajuda, porque deixa tudo mais claro e coloca cada peça em seu lugar. Mas não pode haver medo de mudanças. Ao descobrir o que a faz reprovar isso, ignorar aquilo, e trepar com aquele outro, você vai querer tudo diferente.
Até porque traumas e crises de existência têm explicação, e vem lá da sua bisavó, tataravô, mãe.
Vá tratar sua cabeça, ou comece a estocar remédios contra depressão e endereços de casas de umbanda, numerólogas, espíritas e afins. Há casos extremos em que algumas pessoas pensam que existem espíritos interresados em atrasar suas vidas aqui na terra. Desconfie apenas se existir uma ex-namorada ciumenta, louca por ter levado um belo pé na bunda.
Pois bem, homem, família, ex mal-comida.
O que mais pode atrapalhar a vida? Você mesma, talvez?
Neste caso, leia mais. Escreva mais. Pratique esportes. Beije. Use roupas que valorizem seu corpo. Dance. Converse, se interesse pelas pessoas e o que elas andam fazendo. Faça sexo. Ame quem te ama e de vez em quando te paga um jantar.
Viste lugares, parentes (mas seja rápida neste caso). Divague. Divulgue seus atributos. Trabalhe duro, ganhe dinheiro. Faça parte de alguma causa em que acredita, faça projetos. Masturbe-se. E nunca, nunca mesmo, leia um livro de auto-ajuda.
Estes tipos de livro são escritos por pessoas sem noção como eu, mas para retardados, o que você não é, eu acho.
Neste caso, a cada frase, os termos mal-comidas, trepar e maricas são substituídos por “vá em frente”, “acredite” e, “aprenda com os gansos e ou gaivotas”.
Vá em frente, siga os gansos e acredite, é provável que você seja uma idiota. Leia o parágrafo novamente e seja feliz, minha filha.

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