Magnólia: No fim, nem sempre é bullshit.

Divirta-se.

quinta-feira, 28 de setembro de 2006

No fim, nem sempre é bullshit.

Gentista é aquele que trabalha com gente.
Uma afirmação que não precisa do dicionário para existir e ser competente em sua vida útil. Gentista é quem trabalha com gente, gentista é o que eu sou. E se o que nos difere é apenas a forma física e o hábito de usar apetrechos eróticos ou não, sinto-me ainda mais integrante da massa a qual pertence tal termo esquisito; gente de verdade, na maioria das vezes é gentista. Eu trabalho com pessoas e as pessoas me interessam.
Trabalho há de sobra, afinal as pessoas são inconstantes, incompreensíveis, sistemáticas, cínicas, malucas, exibicionistas e muitas vezes, o que é mais triste, são também enfadonhas prejudicando assim o andamento da minha vida.
Mas sei que para cada tipo de pessoa existe uma série de detalhes apaixonantes em sua constituição. Outro motivo, talvez o mais simples, é que somente através das pessoas eu posso existir.
No defeito do outro eu me enxergo, ora com desejo de me esquivar, censurando e denegrindo, ora sendo igual, semelhante.
Nas virtudes, quase sempre há um deslumbre, me forço a repetir o que admiro, me pego enaltecendo o que, no fim, acaba não me servindo.
Nas virtudes de outros encontramos a vocação para espelho. Olho, e logo me vejo. Fácil assim. Difícil é admirar apenas, ficar contente por ter alguém fazendo bonito. Que pena, a tendência me leva a querer repetir. Preciso aprender qual é a diferença entre a inspiração e as aspas que devo botar sempre que digo: “eu faço, sempre fiz”.
Maluquice minha, afinal, sou gentista, e nesse mundo em que eu co-habito, domina a presença de gente cheia de coisas e detalhes e histórias. Pessoas que precisam de movimento, inspiração e um papo bacana ao pé do ouvido. Opa, pessoas erram bastante, o que não é novidade. Quem erra, aprende. Quem erra e não é burro ou tapadão, muda. Quem muda, não cansa, cresce.
Espero que, por ser assim tão apaixonada pelo que faço possa tornar minha existência mais interessante. Que eu possa aprender o quanto é chato ser implicante, mesquinha, alienada, covarde ou arrogante.
Parafraseando alguém aí não é preciso ser alguém assim, muito humilde, afinal não sou alguém assim, tão importante. Sou gentista.

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