As pessoas são sempre um tanto esquisitas. São contornos, rabiscos, conceitos de suas próprias vidas.
E vida no sentido de dia a dia; vida de acordar, tomar café doce ou amargo, puro ou com leite.
Cada um com sua rotina, cada um com sua marca favorita de escova de dente, mesmo que não seja aquela a numero um dos dentistas. As pessoas são, ou dentistas, ou padeiros, motoqueiros, salva-vidas, srippers, farmacêuticas. As pessoas são um pouco mais que isto, já que algumas namoram, ou odeiam ou deixam de pagar multas de transito.
Não importa qual é o contexto, eu prefiro o meio de tudo, o fundo e tudo aquilo que não aparece, mas também não fica escondido. O olhar que não foi definido, o sujeito esquisito, a senhora que fica no ponto de ônibus, com os lábios e as unhas em vermelho vivo, sempre ali, esperando.
As pessoas que ficam. Aquelas que ficam na mesma cidade, mudando de idade, acostumando-se com as ruas, com os sorrisos vagos e casas que pelo menos uma vez por ano, renovam suas pinturas. Não sei se ficam por opção, por medo ou até desejo.
As que vão. As pessoas que vão embora abandonam suas ruas, esquecem uns pares de sapatos, alguns nomes. As que vão deixam um espaço vago. Deixam para trás as memórias de sua infância, ou de seu primeiro porre.
Engraçado é como as coisas funcionam; em pouco tempo nada mais é igual, mesmo que as placas apontem os mesmos destinos, que os filhos ainda sejam filhos e as musicas ainda causem a mesma impressão. Nada mais é igual quando se compreende as pessoas.
Quando toleramos suas escolhas, e não mais dependemos de suas variadas opiniões. Quando não as obrigamos a aceitar as nossas, sempre ultrapassadas ou desinteressadas.
As pessoas são esquisitas sim, já que suas historias e suas vidas nunca serão iguais a de ninguém, e isto é, por mais estranho que pareça, a única coisa capaz de nos unir. É isto aí.
Divirta-se.
quarta-feira, 2 de maio de 2007
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