Eu não sei se sou o que quero ou se é destino, letra e numero, coisa do zodíaco.
Não sei se o que eu recebo eu conquisto ou se na verdade eu me privo de tudo aquilo que eu poderia conquistar sorrindo.
Quando acordo e me vejo preenchendo um novo dia, eu não sei se sou eu vazia ou massa que ocupa lugar.
Tenho telefone, endereço, conta no Bradesco. No meu radio toca mpb, caras que eu não sei o nome e vozes de quem já morreu, e tudo isso é um tanto esquisito, já não sei se sou eu que vivo ou isso é o simples fato de estar.
Na minha barriga já esteve um filho e agora apenas almoço e jantar, não há saciedade que me cale ou trégua pra que eu queira parar.
Na vida de bossa, fossa e de tantas terças-feiras para se agendar terapia, não me pego mais nem um dia, tentando me safar.
Não estou fora dessa, e o que esta por fora me parece imprevisível, digno e intenso.
É confuso, é patético é vago, mas sou que não calo, sou eu que não sossego, sou eu que pago em reais ou em gestos. Sou eu quem paga o pato com o cartão de crédito.
Quem sabe um dia ao olhar a cama vazia eu me pergunte onde diabos deveria estar a minha cabeça que deixou passar tanto tempo pensando em letargia e estagnação. Acordo e não sei se sou eu que fiquei parado. Acordo e logo o sono vem. Acordo, mas não tenho os olhos vagos. Em definitivo existo e não quero, nem aceito qualquer tipo de calo, restos ou meio-termos.
Acordo e hoje tudo que eu mais quero é confusão.
Divirta-se.
sábado, 12 de maio de 2007
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AKABROBROH
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