Meu pai me abraça e diz que sou uma filha adorável. Sim, sim papai, devo ser.
Meus dentes rangem sozinhos à noite, o que causa uma puta dor de cabeça durante o dia, mas passa, passa, é só crer.
Tenho tido distrações esporádicas, tenho me ocupado com um telefonema e outro encomendando salgadinhos e docinhos para festa de cinco anos da minha gatinha. Toda linda ela, toda dela, nada minha. E eu babando sobre sua historinha de cinco anos acordando e dormindo e sorrindo pro mundo. E vai ser muito legal cantar parabéns olhando para aqueles olhinhos de tigre e aquelas mãozinhas suadas que ela tem. Vai ser bacana. E espero que quando todo mundo já estiver dormindo eu fique de bobeira rindo a toa com aquele homem lindo que insiste em dormir do meu lado. Do meu lado, toda vida. E será que fica? Espero, espero. Delicia.
Ontem tomamos uma garrafa de vinho e ficamos bêbados. Embora ele não admita, mas eu sei, eu vi, eu estava lá. E também estava ali, e sei lá mais onde e o filme tava bom, mas ficou metade pra hoje. E eu não vejo a hora de vir logo a metade do filme e mais uma garrafa inteira. Aquelas espuminhas que fazem cócegas na boca mais uns beijinhos que fazem cócegas na barriga. De dentro pra fora, claro. E a desinformada da paulistana, que diz que eu to cachaceira, não entende que no interior a bebida é a própria balada. Mas não faz mal, é sempre bom tomar uma dose de alguma coisa e embarcar naquela coisa gostosa, solta e leve, a droga do social. É bom, e desconfio de quem não bebe, no interior ou em qualquer lugar do planeta.
Enfim, nestes dias to de super mãe, e já encomendei os salgadinhos, os docinhos e o bolo e vai ter brinquedo pra molecada, vai ter riso e vai ter choro. E mais cinco anos já se passaram, e tanta coisa que já aconteceu em sua vidinha de filha da Talita.
Quanta coisa muda pra tanta gente neste mundo de uma hora pra outra, de dez em dez anos, ou cinco ou uma dúzia. E que bom. Melhor que fica tudo ali, grudado na pele, impregnado na gente, fazendo de nós o que se é.
Entre uns telefonemas, beijos bêbados e filmes inacabados eu abraço minha filha, digo em seu ouvido o quanto ela é adorável por cinco, dez ou mil anos.
Simplesmente adorável.
Divirta-se.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
Desinformada? Pode até ser. Mas ainda te acho uma cachaceira. E isso ninguém tira da minha cabeça.
Ou melhor, ninguém tira da sua. Pq quando a cachaça bate na cuca... Hummm, senta que lá vem história.
E como dizia aquela música da Velhas Virgens: "Eu bebo sim e estou vivendo, Tem gente que nao bebe esta morrendo eu bebo sim".
Então vamos nos render a bebedeira!
Beijos com sabor de tequila! rss
Adoro, na voz de Elza Soares fica uma loucura.
tsc, tsc.
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