Eu gritei uns quilômetros antes, estamos chegando!
Olha só, já estive aqui, e ali e virando a direita fica um restaurante em que tem um quadro e no quadro tem um gato e esse gato é meu.
Olha ali, aquela rua já foi destino, eu já botei os meus pés ali e andei bem rápido, eu sempre ando assim, quando vi já fiz, nem pensei.
Sei o caminho, mas quando o vejo de perto me perco sozinha, uma confusão entre as coisas que reconheço e as coisas que só sonhei. Nasce um sentimento esquisito, e mais uma vez percebo o quanto é difícil estabelecer um endereço quando não sei o que é fim e o que é começo, o que sou eu, e o que são os outros.
O nome é mexicano, mas a comida é japonesa, quem vê a barata morta ali na porta não acha que vai pagar tanto por um almoço, mas aqui é madalena e tudo se mistura o que é belo e o que é feio, o bacana e o ultrajante.
João pimenta faz moda com arte e improviso, sinto que é aquilo o que preciso e saio em busca da camiseta ’m’ que provei na ‘p’.
Não é o primeiro conceito distorcido que tenho sobre a minha pessoa, no entanto este é o mais fácil de resolver. ‘Olhe pra frente, repito’, olha adiante, lá atrás agora é tudo insignificante e imensamente mesquinho, lá eu já estive e também por lá fui sozinho, amando a nostalgia de outros carnavais. Os carnavais são sempre outros.
O mundo é muito grande e nele cabem sentimentos infinitos, apegos e desapegos, todos em desalinho, e quando remexidos, infernais. Jesuis.
Divirta-se.
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