Assim, bem de repente ele pega minha mão, eu, distraída não percebo que ele pensou mil vezes antes de tomar essa atitude, talvez eu nunca perceba.
Ele aperta no meio da palma que é pra chamar minha atenção, diz meu nome, agora eu estou ouvindo.
Não há mais um único som no ambiente, nem ambiente, nem gente. Não há passado.
Ele diz que me ama. Ele diz coisas banais com um jeito meio sério que me comove, que me desperta. Ele diz flores, tudo que ele diz enfeita. Não quero mais saber de outro sorriso, nem de outro homem. Eu fiz alguns cálculos e acho mesmo que a gente não vai precisar deles não, o que realmente vai ser necessário é o café fresco nas manhãs, todas as manhãs.
(Quando eu penso no elevador em nós dois subindo apressados, com as compras e as coisas e as tralhas e um cd novo que estava em promoção pra gente ouvir a noite, quando eu penso nestas coisas me dá uma coisa boa. Eu sei que isso costuma passar despercebido e o cotidiano fica meio cinza, mas não dá argumentar com essa coisa boa que me dá).
Ele disse que me ama mil vezes. Eu disse que amor mesmo é o que a gente sente. Eu disse sim e ele aceitou.
Divirta-se.
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