liderando o movimento
Meus dedos quase não doem, é muito mais minha garganta, é muito mais a porra da esperança que fica latente, que me deixa dormente e ao mesmo tempo tão aflita.
Meus pés não me servem, meus passos são de tartaruga, e oras bolas, eu quase corro pela rua.
Porque tanta expectativa ao virar a esquina? O que tanto eu espero que aconteça?
O mundo todo a sufocar, tantas pessoas que passaram a vida toda esperando e não sabem nem o que. Dizem que era pior. Que o sistema era pior, os maridos eram piores e que a censura era cega e burra. Todos ainda somos cegos e burros tentando censurar tudo que nos comprometa. Abraçamos religiões capitalistas, comportamentos supostamente adequados, maneiras de vestir e falar, noticiários sensacionalistas que não nos deixa pensar. Ou nos fazem pensar errado. Abraçamos o capeta e dizemos ter pavor do diabo. É sempre assim.
Os buracos nem sempre são tão fundos para tantas lamentações, o que ferra tudo é esta mania de cair e cair e amaldiçoar o sapato, o cadarço e o buraco. Nunca somos nós. Mas ei, é você. Culpa tua, azar o teu, cada um têm aquilo que merece.
Quem nunca se conforma pode ser quem começa uma revolução, ou pode ser aquele cara chato que está sempre inconformado com as coisas que ‘só’ acontecem com ele e que vai passar o resto da vida relatando seus agouros e só, mais nada.
Eu acordo e durmo morrendo de esperança, mas duvido que quem espere sempre alcança, duvido que a virada vai estar ali na esquina. Eu sou minha sina, meu azar e minha sorte. Quando sou eu a própria censura eu batalho para que cegueira passe e assim possa finalmente enxergar.
nada melhor que abraçar uma causa.
Divirta-se.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário