Eu queria ter dito que iria sem medo, ou nem ter dito, ter logo feito e assim acabado com a gana que me consome. Eu teria ido até o fim, até a ultima gota, eu não teria perguntado nem mesmo o nome. Eu seria feliz, alegre, mais feliz e mais alegre como nunca antes. Meu nome seria pseudônimo, meu planeta, imensa babilônia. Eu não teria saído da cama, nua, imoral, sem pressa, conduzindo cenas tórridas entre a entrega e o abandono. Eu teria um quarto à meia luz, lençóis de seda, cigarros, palavras de escárnio, leite e mel. Teria chocolates de puro cacau, vinhos de Portugal, da Itália e alguns prazeres clandestinos da Colômbia. Eu teria a conduta leviana, palavras de satisfação, o amor de Salomão, mãos suaves, pele de pêssego. Teria falas livres sem entraves, noites soltas em muitos bares, má reputação.
Teria sempre algo na mesa, um banquete para beliscar, ambrosia de sobremesa, café e pão.
Dormiria sempre tarde, durante a tarde, e nunca, nunca sem antes gozar. E dito isso, não tenho medo, é assim que eu vejo e em mim, é o que há.
Divirta-se.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário