Andei muitos quilômetros e quando já estava perto, me afastei um pouco com medo de finalmente chegar. Talvez ir até um ponto seja mais difícil do que simplesmente o deixar. Bem, pelo menos para mim.
Eu não posso evitar esses diversos sonhos, essa ânsia e toda a expectativa. Estou viva e aguardando. Faço promessas; as faço, as questiono, sinto que não sou eu o dono de tudo aquilo que prometi. Tenho feito uma história aos poucos e talvez fique melhor contá-la com certa distancia para ter certeza de que não me perdi. Eu sou dela e ela é minha, e assim, quem sabe um dia, exista triunfo no que fiz. Faço de conta. Já não sou tão franca, ou essa idéia é que me confunde inteira, que me faz metade.
À flor da pele estão meus medos, meus defeitos e o que me move. Está aqui para os que querem ver. Volta e meia encontro indícios de que existem nós a se desfazer. Fazer o que? Esta é a sina de muitos, deixar de ser injusto, deixar para trás o que nos impede de seguir em frente. Lá atrás plantei a semente do que hoje vi nascer, o que não posso colher para que me alimente, deixo brotar, deixo morrer. E não morre. Fazer o que? Esta também é a sina de muitos, e há sempre tantos, tantos, que chega a ser clichê. Sigo, estou por aí.
Vou andando, quilômetros e mais quilômetros.
Divirta-se.
domingo, 31 de janeiro de 2010
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